Raiva canina: transmissão, sintomas e como tratar a doença
Guia Rápido
Tipo de doença
Infecção viral
Principais sintomas da raiva canina
Desorientação, agressividade, paralisia motora, dificuldade para deglutir, espasmos, salivação excessiva e até mesmo alucinações
Tratamento para raiva canina e cura
Não há tratamento e não há cura
Como prevenir
Mantendo a vacinação do seu cachorro ou outro animal em dia
O que é?
A raiva canina é uma zoonose gravíssima e fatal que pode ser transmitida através da mordida ou arranhadura do animal. A melhor forma de prevenção é vacinar corretamente o pet: um ato de amor e proteção em relação ao cachorro e a todos que convivem com ele.
A doença entra em contato primeiro com o sistema nervoso periférico, ou seja, o do local da mordida (na perna ou braço, por exemplo). O vírus então começa a se replicar até atingir o cérebro e, portanto, o sistema nervoso central. A partir daí ele se instala também nas glândulas salivares dos animais contaminados e pode ser transmitido a outros bichos ou a seres humanos.
Os principais sintomas, que começam após o período de incubação, são irritabilidade, desorientação e agressividade, e vão se tornando progressivamente mais graves. Geralmente, associa-se o vírus da raiva somente aos animais domésticos, mas os silvestres, como morcegos, guaxinins e afins também podem transmiti-lo. Aliás, os animais silvestres são a principal fonte de contaminação dos animais domésticos. Isso porque a raiva só passa de mamífero para mamífero. Logo, animais fora desse contexto, como peixes, répteis e aves, não veiculam a doença.
Sintomas
Os sintomas da raiva canina apresentam-se lenta e progressivamente, mas são inevitavelmente fatais. É uma doença que afeta o sistema nervoso central, ou seja, uma importante central de comandos do organismo. Assim, o animal contaminado aos poucos vai perdendo domínio de sua capacidade de resistência física e psíquica para se tornar abatido, irritadiço, agressivo e descoordenado em todos os sentidos.
A raiva canina é muitas vezes associada à imagem de um cachorro babando. A relação tem fundamento: os nervos responsáveis pelo movimento de engolir são afetados pela doença, então o pet não consegue realizar essa ação e acaba por babar mais do que o normal.
Causas
A transmissão da raiva canina acontece pela mordida ou arranhadura, isto é, por meio de um contato transcutâneo. O vírus fica na saliva do animal infectado, que pode ser um outro cachorro, um gato ou até mesmo um animal silvestre.
Não há muito o que fazer para proteger seu cachorro além de vaciná-lo corretamente e manter a vigilância, caso ele entre em contato com animais silvestres. O animal deve ser vacinado pela primeira vez aos quatro meses de vida e, depois, anualmente.
Já que não há como erradicar totalmente a doença, porque ela afeta também os animais silvestres, apenas é possível erradicá-la em ambientes urbanos. O correto é seguir as medidas preventivas exigidas pela doença, ou seja, a vacinação.
Tratamento e Prevenção
O diagnóstico da raiva canina é post mortem, ou seja, só pode ser feito após a morte do animal. Isso acontece porque são necessárias amostras do cérebro para realizar exames laboratoriais e, então, ter certeza. No entanto, durante a vida do animal é possível suspeitar da contaminação por raiva, com o suporte de exames clínicos.
O animal infectado pode apresentar dois tipos de raiva canina: a forma Furiosa e a forma Paralítica (ou forma Muda).
Na forma Furiosa, o cachorro fica raivoso ao extremo, latindo mais do que o normal e um pouco rouco, mostrando-se agressivo com todos e até com quem ele mais ama, inclusive. Assim fica mais fácil suspeitar que ele tenha contraído a raiva canina.
Já a Raiva Muda é mais preocupante, porque o animal não vai emitir sinais tão evidentes como os da Furiosa. Apenas os maxilares ficam rijos ou paralisados em boa parte do tempo, dando ao tutor o indicativo que deve correr ao médico veterinário.
Não existe cura e nem tratamento para a raiva canina, apenas há tratamento para a raiva em humanos. Quando há forte suspeita de raiva canina, momento em que o animal já tem sintomas claros, está muito debilitado e não consegue comer ou beber água em razão da doença, a eutanásia é indicada pelos veterinários. É preciso investir em prevenção.
Como prevenir a raiva canina
A melhor forma de prevenção é a vacinação. O animal, quatro meses depois de seu nascimento, já pode ser imunizado contra a raiva canina. A doença é letal e a vacina, um ato de amor e cuidado em relação ao pet e a todos que convivem com ele.
Além disso, se o tutor residir em fazendas ou chácaras, que geralmente são lugares de mata, o ideal é manter sempre a vigilância com relação a possíveis animais silvestres rondando os locais onde todos, animais e humanos, vivem e convivem. Animais silvestres com a doença podem ficar desorientados (um dos sintomas) e se aproximarem ou se tornarem alvos fáceis (como para um gato que caça morcegos, por exemplo). Caso algum comportamento assim seja observado, é preciso acionar a Polícia Ambiental, pelo telefone 190, e não tocar no animal com suspeita de raiva. A partir de alguns cuidados, o problema pode ser controlado.
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